Índigo

A carne amorfa - terminantemente proibida -

sobre o corpo trafegável de teu Cristo - que não muda!

Sendo mais bom senso a indisciplina de tua mágoa;

sendo mais bom senso a carne que abjeta e não rasteja - insuprimível;

sendo mais bom senso a parte inteira de tua hora sobre os balcãs...

Deus meu, Deus meu! Minhas costas ardem teu suplício

e pedem o fim de tanto incauto -

Deus meu, Deus meu! E se eu te jurasse novo auspício?

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desenhada em fina praxe - Deus meu! Eu não te rogo

um ajuste aos olhos gastos,

eu não te rogo um diadema para meus sufixos,

nem ao menos peço tua presença repousada de morte aos pés de teu ortônimo.

E me entrego convicto para o não resgate de que sou por tua prova a testemunha

de teu novo ciclo no universo restante.

Guilherme Furtado
Enviado por Guilherme Furtado em 11/09/2017
Reeditado em 11/09/2017
Código do texto: T6110565
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