OLHAR DE POESIA
Passou por mim, olhar de poesia,
Sorria, brincava com o destino,
Fluía um pensamento fino,
De amor, de doce utopia.
Me contagiou inteiramente,
Me vi no sorriso dela,
Na sua inocente tela,
Janela aberta para o transcendente.
Eu; até então, entristecido,
Abastecido pelo tom cinzento,
Me senti a partir daquele momento,
Um jardim multicolorido.
Nem percebeu a menina,
O bem que me ocasionou,
Quando por mim passou,
De modo angélico, dobrou a esquina.
Lúdico contexto, tão bonito!
Retomei o meu sentido,
Poeticamente redimido,
Ah! Nesse milagre, eu acredito...