NAS ASAS DO SONHO

Paisagem sem rasuras,
Minha alma se realiza, se poetiza,
Dinamiza com as figuras,
Desliza, verbaliza com a brisa.

Deseja o destino dela,
Voar irresponsavelmente sobre o mar,
Sem os dramas, as humanas procelas,
Sem o peso do verbo ficar.

Brisa que se foi na tardezinha,
Alma minha, sabe que não tem anuência,
De me deixar aqui, sozinha,
Nas entrelinhas da insuficiência.

Sabe que sem ela, eu não sou,
Por isso, sufoca a vontade,
Um dia fará o seu voo,
Terá a resoluta, absoluta liberdade.

Por enquanto, somos uma, avinda simetria,
Voamos... somente na plumagem da utopia.
- - - - - - - - - - - - -

HLuna

SOPRO DA BRISA

Brisa que passa e me leva,
leva-me, afasta a treva,
que teima em me aborrecer. 

Ser ou não ser, questão definida,
problemas apenas da vida,
todos temos que aprender. 

Posso ler, leio sozinha,
o que escondem as entrelinhas,
porém, sei, vou resolver.