Angústia: Mãe da Sabedoria.

Sentindo o ardente, latente e estridente

Temor oriundo da angústia presente,

Que, internamente e independentemente,

Surge, tento me achar dentro de minha mente.

E, caminhando, sondando e procurando,

Me deparo, pensando, entrando e aprofundando, o mais aterrorizante oceano.

Parando, ainda respirando,

Concluo que continuo andando e me aperfeiçoando.

Parece loucura e obscura a fissura pela gastura

Porém, a procura pela cura do sofrimento é ilusão pura.

Porque teme a altura e sente tontura

A criatura que, na fuga, impede o manifestar da desenvoltura.

Como aprendo a caminhar se no colo querem me levar

E se promovem o retardar da complexidade de pensar?

Libertar, não libertinar.

Estruturar, não direcionar, anular ou se projetar.

Há pessoas que guerreiam, odeiam e desencadeiam

Desavenças que permeiam aqueles que os rodeiam.

E, no fim, são os que remedeiam

E norteiam pra um vago sentido de vida alheio.

Plante sementes que germinem mentes

Independentes e conscientes

De que a dor ensina as gentes

E fortalece inevitavelmente.

É um processo cauterizante e de progresso,

Que promove o sucesso do complexo plexo,

Esse reflexo nexo e convexo

Da desenvolvível sabedoria humana.

Que a humildade, não importa a idade,

Possa fazer parte de nossas sazonalidades.

E que reconheçamos a unidade e benignidade divina da cumplicidade

Que, em reciprocidade à nossa permissividade, atua em assertividade.

Gratos sejamos e permitamos

Que a fundamentalidade exerçamos

Em prol de que possamos, em liberdade,

Obter, em vida, o que em espírito vislumbramos.

O existir é mais que do que insistir

Em privar o sofrimento de subsistir.

Sendo ele o mestre dos mestres em instruir.

Contemplemos e agradeçamos, assim, este nosso cíclico porvir.

Gratidão por nos permitir reconstruir!