SEM DESTINO
Envolvido pelo vento,
Ido sem endereço,
Ascendido portento,
Nem sei se mereço.
Mas, aproveito o benefício,
Me ajeito na plumagem,
Cumpro o eólico ofício,
De um bardo errante,
Sonoramente instigante.
Amante da arte-vida-viagem.
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PERGUNTA QUE NÃO CALA
Viajando pelo espaço,
eu procuro, o quê? Não sei.
Talvez seja o teu abraço,
porque muito eu te amei.
O tempo passou sorrateiro,
roubou de mim o que eu tinha,
me tornei aventureiro.
Porém tudo cansa na vida,
e eu cansei desta lida.
Pergunto, ainda és minha?
HLuna