Lapidando a Pedra Bruta

Estou nu, em uma

Sala escura e fria

Sala escura e fria

Sala escura e fria

Nada enxergo

Frio eu sinto

Sente medo meu Ego

Dentro desse labirinto

Respiração ofegante

Coração relutante

Entrei cá, sem escapatória

Sem errar e sem vangloria

O que me resta é fazer o ato

Pensado e bem feito

Respiro fundo e sinto no peito

O derradeiro golpe ingrato

Desse mundo profano,

Já me causaste um profundo dano,

Sou Ser Humano

E sou abençoado por Jano.

Nessa

Sala escura e fria

Sala escura e fria

Sala escura e fria

A única coisa que me resta

É a unica alternativa

A Luz Manifesta

A Luz Objetiva

Acendo a vela

Onde estou não é uma cela!

Piso mosaico, tabuleiro de xadrez

Templo templário, não de padres

A vela ilumina pouco

Mas é o suficiente

Para acalmar minha mente

E fazer andar esse louco

Na escuridão vejo um denso ponto

Vou ao teu encontro

Uma mesa com instrumentos prontos

Para serem trabalhados, estou tonto!!!

Lapidar a pedra bruta

Lapidar a pedra bruta

Lapidar a pedra bruta

Mesa com o sol e a lua,

No meio a pedra bruta

Maço e cinzel, esquadro e compasso

Eis os instrumentos, mas não sei como faço.

Acendo duas lamparinas

E ponho a vela no castiçal

Coração acelera, sinto o fulgor da adrenalina

Mente a mil, qualquer erro pode ser fatal

Eis apenas um Aprendiz

No ofício da Arte Real

Destruição dos vícios não é trabalho banal

Já sei que será profunda essa cicatriz

Não mão direita o maço e na esquerda o cinzel

Atento com os movimentos pois esse trabalho não é ao léu

Na mesa as cores azul claro e azul escuro, cores do céu

Sol e Lua, princípios que acompanham esse réu...

Lapido a pedra bruta

Lapido a pedra bruta

Lapido a pedra bruta

Cada golpe do maço sobre o cinzel talha a pedra

Sim é aos poucos que a pedra polida se engendra

Cada golpe é uma palavra escrita em cada verso

Esse ato é Observado pelo olho do Grande Arquiteto do Universo

Ele sabe que não é em vão

Ele conhece minha alma

Sabe o grau da pureza do meu coração

Por isso me acalmo e mantenho a calma

Vou provar ser herdeiro das riquezas de Salomão e Hiram

A centelha divina, o Cristo interior

Irá reluzir e brilhar no mundo exterior

Porque D-us é a Natureza e a Natureza é Pan

Iniciação

Câmara de Reflexão

Iluminação

Vícios em destruição.

Estou nu em uma sala iluminada por velas...

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**Não tenho ligação nenhuma com a Maçonaria, mas estava lendo sobre a Sala de Reflexões e de repente bateu a inspiração de escrever uma poesia baseada na Iniciação Maçônica, e o resultado foi essa poesia, Bela em Simetria e Métrica, e com um Profundo e Sublime Significado Simbólico.**

DUON
Enviado por DUON em 08/03/2017
Código do texto: T5934321
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