FRAGMENTOS

Fragmentos irremediavelmente soltos

De uma vida que não ganhou asas

Acorrentada à vontade de esquecer

Mundos onde não se construíram casas

Vergonhas sem cabeças para esconder

É muito triste para um ser que vai morrer

E que buscou a verdade fora da existência

Nas alas de um labirinto escuro sem saber

Entregar tanta beleza ao abrigo da natureza

Agora já mal existem traços e contornos

Daquela mulher bela prateada e apagada

Por traços azuis e brancos da cor do nada

Algumas partículas errantes e esvoaçantes

Voaram como pássaros negros sem ter céu

Espalhando-se na sombra do seu olhar

De bela rainha deposta e sem ter lei

Fragmentada pelo desejo de ser antes

Como na lembrança de nunca ter rei

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 17/01/2017
Reeditado em 17/01/2017
Código do texto: T5884325
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