Dois Mil e Dezessete

Persigo um sonho

Que se para mim não for

Que seja para minha filha, filhos dos meus irmãos-amigos

Para o que irá nascer , que usufruem

De um contexto onde haja

Menos dor e mais amor

Que o nascido no ano vindouro

Chegue a um mundo menos medonho

Este lotou, está infestado da cobiça pelo ouro, do roubo

Do estouro da falta de vergonha para a usura

Onde para muitos o saber e o mando

É para locupletar as custas do frágil, do ignorante de si

Arrocho de vida! quartinho de entulho do ideal!

Daqui resta vagabundear por quimeras

Dar-se por satisfeita, alimentar das “gororobas” , sonhos

Sabendo que são imprestáveis para satisfazer o espírito

Valho-me do olhar para frente

Dois mil e dezessete

Com o pesar das mãos que lanço para os céus, sinalizando estar desarmada

Rogo o envio de vozes dos sugestionadores, que venceram e estão noutra

Busco aliados, instância de luz

Que nos ajude!

Canalizando aporte para a raça falida

Às margens de poder ser vencida por si mesma

Oh! refugiados, desertores!

Que cozinham os corações na realidade crua

Do não tem jeito não

Vivam sem teto para abrigo... mas não desistam!

É sabido que passaram sentir enfado

Ao olhar para a dança macabra

Do querer ter e não poder

Isso, aquilo e aquele brinquedinho outro

Coisas, coisas, coisas

Somente coisas

Rodam, rodam, rodam

Entre querer e coisas

Pai nosso! Está nos céus?

Que germine na natureza-mãe!

Causa primeira humana

O nascer do novo, no ano novo

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 15/12/2016
Reeditado em 15/12/2016
Código do texto: T5854530
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