FLORES NAS JARRAS



Sinto que me quebro
Que me derramo
Que me divido em contas
Em gotas...
Sinto que me liquefaço
Minha alma
Já não cabia mais
Neste frágil frasco.
 
A pérola do amor
Na concha do peito escondida
Era jóia muito rara
Para tão singela vida
Romance que não foi escrito
Conto que ninguém leu
Poesia que rimou um dia
No sabor de um beijo teu.
 
Meus filhos???...Se os tivesse...
Andariam aí pelas nuvens
Enchendo os bolsos de estrelas.
Teus passos na escada...
Teus poemas...
Teus livros sobre a mesa...
Teu jeito...
Como podes ser feito
De ar e de pluma
Como os fantasmas
Que habitam o meu peito?
 
Ah!...Minha galeria eterna...
Nela me abraças na janela
Ao lado de outra tela
Onde me beijas em terna emoção...
 
Onde fica este lugar?
Os meus sonhos onde estão?
Daquilo que não conheço
As vezes sinto saudade
Quem sabe não esteja oculto
Em um inviolável  jardim
Da minha sensibilidade.





Yeyé




INTERAÇÃO

Como é doce sentir... Esse desejo ao desconhecer... Que teu versar acaricia... Esse ser imemorável que alimenta suas rimas... E como é suave vislumbrar rascunhos sobre-mesas... Entre degraus... Arremessando inúmeras cores em tua gota... Que desperta sem crer... Que sonhar... É o jeito do Poeta...

Obrigada Nobre Poeta- WALTER DE ARRUDA










Imagem Internet
 

 

Yeyé Braga
Enviado por Yeyé Braga em 14/01/2016
Reeditado em 02/07/2023
Código do texto: T5510334
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