Nosso Jardim Secreto

Nas margens da infância uma saudosa lembrança de nós dois...

Daquele tempo em que pouco era tudo o que se podia fazer

Naquela triste tarde na última vez que fomos nos ver

E de saudade (na hora) nunca fui me despedir

Sabia que partiria cedo, mas pela noite fui me desiludir

A tua falta era tanta que me pus a contar

E no meio da noite uma carta deveria mandar

Onde pus sentimentos que tentei suprimir

Da importância de sua presença e de não poder dormir

Entre paredes e prantos, a tal carta nunca mandei...

“Amanhã também não me despedirei”

Fui um tolo, confesso que errei...

E agora depois de tanto, somente a lembrança restou

Daquilo que poderia ter feito, mas o orgulho não deixou

Não te vejo fazem anos e o tempo nunca passou

A carta junta poeira num canto, ninguém nunca tocou.

O que restou daquela época um nó atou

Na mesma noite... minha vida terminou

A culpa não é sua, isto é verdade eu lhe confesso...

Mas venha um dia me encontrar no nosso jardim secreto.

Rosa de Almeida
Enviado por Rosa de Almeida em 13/01/2016
Código do texto: T5510278
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