QUANDO O ENCANTO ACONTECE

A lua cintila,
A noite ventila,
Ao longe, uma sereia sibila.
E o pescador,
Tomado pelo encanto,
Rema com épico fervor,
Sobre o ondulado manto.
De tão encantado, esquece,
Das lutas que a vida oferece,
Da realidade sofrida,
Das batalhas perdidas,
Da outra face do mar,
Mar movido, por tempestades.
Tudo o que ele mais anseia,
É se aproximar da sereia,
Mirar o seu olhar,
Abraçar seu corpo molhado,
Beijar seus lábios enluarados,
...E morrer de noturna felicidade.

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CANTANDO

O poeta canta a lua,
e a noite iluminada,
canta a musa, toda sua,
e a sereia encantada. 

Folclore ou mitologia?
O que importa? Sei, é sonho,
que mora na fantasia,
e nos versos que componho. 

Assim, enfrento sem medo,
o mar e a tempestade,
desvendo-lhe, depressa, os segredos,
com orgulho e humildade.

(HLuna)