Mater Tenebrarum (Nossa Senhora das Trevas)
Com teus passos incertos
Ora tigre, ora cobra;
Traze, traze consigo os braços abertos
P’ra enfim ser finda tu’obra.
Lágrimas, é-me em demasia enfadonha –
Não hei de acolher abjeção, fraqueza, maldição!
Pois corre, e em mútuos Suspiros de vergonha
À irmã do meio clama – a silente, a resignação.
Já escorria em baldes a bílis, quando... ah!...
Ei-la, Nossa Senhora das Trevas!
Num abraço abrasado de olhos ígneos
Cônscia do meu destino... levou-me a eras...
(19/01/14)