MELANCOLIA:
Um dia sem sol, as nuvens passam vagarosas,
Uma fina nevoa envolve tudo,
O cinza das cores que vejo, ferem M’alma,
O gotejar no peitoril da janela entreaberta é monótono e triste,
Meu pensamento vaga sem rumo definido,
As lembranças se embaralham na mente confusa,
Hoje estou nostálgico,
Porque sim, respondo a Mim mesmo,
O retrato de Aurora parece sorrir desdenhosamente,
A tinta velha e descascada na parede do pequeno quarto emite imagens fantasmagóricas,
Estou tremulo, será que é o frio, não! Meus nervos me traem,
A senhora de preto me espreita,
Seu olhar penetrante parece chamar-me,
Delírio? Febre? Que acontece?
Aos poucos tudo se desfaz, o silencio me envolve,
Volto a dormir e sonho,
Uma luz brilha ao longe,
A mulher de preto, agora envolta em vestes coloridas corre pelas pradarias cobertas de sempre vivas que faíscam a luz do sol,
Tento alcança-la, não consigo,
Avisto ao longe a figueira frondosa e acolhedora de outros tempos que a fantasia criara,
Ali naquele lugar por fim descanso e encontro a paz que buscava,
A melancolia passou,
Durmo tranquilo, agora com a certeza que amanhã haverá sol,
Pássaros estarão a cantar, flores abriram suas pétalas,
E a vida continuara seu rumo,
Num constante, passar e passar dos tempos,
Horas alegres,
Horas melancólicos,
Num incessante renovar,
Porque assim deve ser,
Sem grandes explicações,
Simplesmente,
Porque sim.
Valmirolino.
Um dia sem sol, as nuvens passam vagarosas,
Uma fina nevoa envolve tudo,
O cinza das cores que vejo, ferem M’alma,
O gotejar no peitoril da janela entreaberta é monótono e triste,
Meu pensamento vaga sem rumo definido,
As lembranças se embaralham na mente confusa,
Hoje estou nostálgico,
Porque sim, respondo a Mim mesmo,
O retrato de Aurora parece sorrir desdenhosamente,
A tinta velha e descascada na parede do pequeno quarto emite imagens fantasmagóricas,
Estou tremulo, será que é o frio, não! Meus nervos me traem,
A senhora de preto me espreita,
Seu olhar penetrante parece chamar-me,
Delírio? Febre? Que acontece?
Aos poucos tudo se desfaz, o silencio me envolve,
Volto a dormir e sonho,
Uma luz brilha ao longe,
A mulher de preto, agora envolta em vestes coloridas corre pelas pradarias cobertas de sempre vivas que faíscam a luz do sol,
Tento alcança-la, não consigo,
Avisto ao longe a figueira frondosa e acolhedora de outros tempos que a fantasia criara,
Ali naquele lugar por fim descanso e encontro a paz que buscava,
A melancolia passou,
Durmo tranquilo, agora com a certeza que amanhã haverá sol,
Pássaros estarão a cantar, flores abriram suas pétalas,
E a vida continuara seu rumo,
Num constante, passar e passar dos tempos,
Horas alegres,
Horas melancólicos,
Num incessante renovar,
Porque assim deve ser,
Sem grandes explicações,
Simplesmente,
Porque sim.
Valmirolino.