Alma conjurada

Queria, ser um sábio entre os sábios.

Mas, nem tão sábio demais.

Queria, viver menos às custas das mesmas rotinas.

Mas, quem me conteria?

Queria, afugentar meu ego e enterrá-lo no cemitério das indagações.

Mas, julgariam-me.

Queria, perpassar toda angustia sem ao menos me questionar.

Mas, quem está livre da consciência?

Queria, errar pormenor propósito, e, reconhecer com mais propósito.

Mas, perfeito não há ninguém.

Queria, ser o normal menos inconstante.

Mas, quem me entenderia?

Queria, encorajar meu lado mais absurdo

Mas, me falta coragem.

Quem então eu seria?

Mais um a percorrer as mesmas esquinas.

Poesia Tofilliana
Enviado por Poesia Tofilliana em 15/09/2013
Reeditado em 29/09/2013
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