SOMOS TODOS IGUAIS... OU NÃO?
Já não somos mais como éramos
Já não se encanta tanto o espelho
Somos todos inevitáveis vítimas do tempo
Tic-tac! Segundos, minutos, anseios.
Certamente, cura o tempo todos os males
Tristeza, saudade, ira, solidão
Permite a escalada, estar no fundo do poço
Bem como reerguer, quando arriado no chão
Quantos exemplos bons ou ruins
Vividos ou não, trazemos em nós?
Quantas máscaras já pomos na face
Impondo disfarces, em bando ou a sós?
A passagem do tempo acarreta mudanças
Pretas e brancas ou talvez coloridas
Que diferença há em existir ou viver?
Que prazer há em despertar outras vidas?
Que certeza há na passagem do tempo,
No indescritível momento em que os olhos se apagam?
Que sensação há no vencimento do medo,
No descobrir de um segredo, quando os corpos se afagam?