Chateau

Abri a janela amarela,
aquela que abre...para dentro.
Lá fora claridade e som.
Aqui, no interior de mim,
penumbra e paz.

Reguei os amores-perfeitos,
alimentei os beija-flores
e tomei café em xícaras de porcelana
com meus fantasmas favoritos.

Voltando os olhos para dentro.
Sentei na poltrona macia
em frente à lareira.
E no final da tarde,
qual sonolentos cães,
enrodilharam-se aos meus pés,
carinhosamente,
meus pequenos sonhos desfeitos.
Lenise Marques
Enviado por Lenise Marques em 17/03/2007
Reeditado em 15/07/2011
Código do texto: T416207