MINHA AMADA IMORTAL
 

Quebrando as barreiras da insanidade,
Invadi os espaços todos do Cosmo,
Violei os tempos tornando-os meus escravos.
Toda a natureza me obedeceu e a mim se sujeitou
Perante a energia despendida na gloriosa busca.

Na Terra levantaram barreiras, já demolidas,
E, antes, na vida passada, em Querac, sob a escuridão
Do planeta sem sol, seres dobraram os joelhos
Perante a força de um amor que transcende.

A morte vinda em batalha, em Lasaac, ao confrontar
Deuses irados que me queriam tomar à amada,
Apenas por algum tempo conseguiu o odioso intento,
Lançando-me ao inferno, sob a vigia dos indignos.

Mas eis que nem os servos de Hades ou de Malamac,
Ensandecidos com tal amor conseguiram me conter.
Rebelando-me contra o próprio mundo das trevas absolutas,
Em pulsares de energia contínua, também a reclamei.

Os inimigos concentraram tamanha força e união
Para as batalhas insanas, impondo-me a dor da ausência,
Que ao início voltei e contemplei a grande explosão original,
Em busca de energia bruta, concentrada e absorvida para sobrepujá-los.

O Cosmo estremeceu perante a violação inicial,
Leis físicas não mais existiram em muitos reinos
E o tecido cosmo-tempo fora alterado sob tal poder.
Até os paraísos intocados dos luminosos se abalaram.

Fortalecido, venci o deus-demônio Isalin, filho de comunhão vossa,
E vosso mais poderoso guerreiro, com armadura de sombra e luz,
E o fiz dobrar os joelhos na grande nebulosa distante.
Ao sobrepujá-lo, tornei-o prisioneiro enfraquecido,
Enviando-o às incertezas e tornando-o um fantasma sem rosto.

Deuses e demônios, seres titânicos de todo o Cosmo,
Por que ousastes tentar separar tamanha força de união?
Por que me obrigaram a destruir os mundos de Laizin, de Harkak
E tantos outros a quem contra nosso amor envenenaste?

Eis que ainda sinto vossas forças agindo em profanação,
Em todos os tempos e espaços e possibilidades possíveis,
Contaminando mundos vários de seres inocentes com a pregação infame,
Contra nosso amor, para apartar-me de minha esposa celestial.

Não sabes que à eternidade me lancei para amá-la,
E para retomar minha amada imortal em alma e fogo?
Se condenares nosso amor e contra ele vos insurgires,
Poupais, ao menos, os mundos inocentes de minha ira contra vós!

Péricles Alves de Oliveira
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 31/01/2012
Reeditado em 01/02/2012
Código do texto: T3472730
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