abraço cosmico

Minha alma é a mais velha do mundo

Com o tempo,viveu calejada de dor

Mergulhei,na ânsia, em mares profundos

A procura de um balsamo ,seja onde for

Entendia que se espargisse este sumo mágico

Cobrindo -me as fissuras com emplastros finos

Esconderia,por certo ,seu destino incerto e trágico

Em transformar o amor ventura em mero desatino !

Ah!pobre essência que habita inculta igreja!

O que vale sobreviver ,a esmo,tantos anos ?

Minha alma ,não mais,flutua,apenas,rasteja

Inebriada,martirizada por tantos desenganos

No que cerrava em si para uma eterna morte

Um brado potente,pelo infindo universo,ecoou

“Raça tola de alma cega e perdida pela sorte”

“tu és imortal ,divino cometa que o cosmo gerou!

Ai!qual tremula renascida ,exultante,criança

Num salto que cortou o etéreo espaço

Saltitou entre astros,numa cósmica dança

Reunindo as estrelas num eterno abraço !