Revolto Mar

As procelas eram muralhas

e os ventos eram a própria fúria

das tormentas, no imenso volume

da matéria dominante...

Numa solicitude e pequenez

em meio a gigantesca aflição,

vi o desespeto e horror

estampado nas faces

Eu!? Apenas um ser pensante...

As descargas elétricas

vinham do ar...

Céu cinzento, enevoado

cujos luzentes coriscos,

eram estorvos a paixão esperançosa

com seus trovões e ariscos...

Os mares tanto revoltos

de ondas a encrespar,

abriam-se grandes abismos...

Os elementos pareciam aflitos

...desesperados e revoltos...

É assim a lei da natureza

em tempestade: a Revolta dos elementos.

Manoel Vitório 08/02/1982 ( ano que escrevi)

Manoel Vitorio
Enviado por Manoel Vitorio em 03/11/2006
Código do texto: T281033