PRISÃO EM SI MESMO...

Me encontrei...

No desencontro da minha controvérsia inexcedível

Na contra-mão dos meus conceitos pragmáticos;

E separei...

A inépcia dogmática do empirismo inelegível

Libertando as projeções dos pensamentos democráticos.

Ouvi dizer sobre a catástrofe que fora

O ato de alguém ousar a escolher;

Qual a revolta da idéia precursora

Que leva o ser consigo mesmo vir a ter?

Ousem...

Reparem as leis do livre arbítrio e condenem

A razão indelével das insatisfações perceptíveis;

Julguem...

Se são apenas os covardes ou fracos que temem

Ou se os fortes, fortes são temendo forças oprimíveis...

Se nomeados a fracos, ou é porque desistiram

Ou porque não se permitiram ao convencional convencimento...

Então, agora devo perguntar:

_ Onde é que foi parar o senso crítico

Em meio à persuasão de princípios indefiníveis?

Onde se pode encontrar

Argumentos pra se reerguer um consciente paralítico

Escravo, imperceptível, de racionalismos inteligíveis?

Sim, escravo de si mesmo, na verdade,

Que não pode ser livre, pra fazer a própria vontade...

Sem poder fazer escolhas, como a própria liberdade...

A menos que esteja em guerra, contra a falsa identidade.

PRISCILLA PAIXÃO
Enviado por PRISCILLA PAIXÃO em 12/11/2010
Código do texto: T2610963