PRISÃO EM SI MESMO...
Me encontrei...
No desencontro da minha controvérsia inexcedível
Na contra-mão dos meus conceitos pragmáticos;
E separei...
A inépcia dogmática do empirismo inelegível
Libertando as projeções dos pensamentos democráticos.
Ouvi dizer sobre a catástrofe que fora
O ato de alguém ousar a escolher;
Qual a revolta da idéia precursora
Que leva o ser consigo mesmo vir a ter?
Ousem...
Reparem as leis do livre arbítrio e condenem
A razão indelével das insatisfações perceptíveis;
Julguem...
Se são apenas os covardes ou fracos que temem
Ou se os fortes, fortes são temendo forças oprimíveis...
Se nomeados a fracos, ou é porque desistiram
Ou porque não se permitiram ao convencional convencimento...
Então, agora devo perguntar:
_ Onde é que foi parar o senso crítico
Em meio à persuasão de princípios indefiníveis?
Onde se pode encontrar
Argumentos pra se reerguer um consciente paralítico
Escravo, imperceptível, de racionalismos inteligíveis?
Sim, escravo de si mesmo, na verdade,
Que não pode ser livre, pra fazer a própria vontade...
Sem poder fazer escolhas, como a própria liberdade...
A menos que esteja em guerra, contra a falsa identidade.