Pássaro ferido!

Pássaro ferido!

Faz bem calar frente às dúvidas

Sofrer todas as vezes que se tornam constantes.

Perdido em desencantos, ilusões e majestades.

Não me encanto com palavras escolhidas,

Prefiro os versos perdidos do silêncio.

Que me sangram em total prazer.

Que culpa tenho?

Percorro com vigor e qualquer coragem

Os campos onde posso correr em desalinhos

Em busca dos encontros reais.

Raridades que em cantos solenes

Não se entregam à perversidade das almas.

Apenas ao sorriso leve, que sobrevoa sinceridades.

Que plumas tens?

E em direção ao arco-iris

Num único e derradeiro vôo

Atravesso por todas as suas cores.

Ali me tinjo apenas do branco.

Podendo ser paz, podendo ser nada.

Mas na certeza que contenho todas as cores.

Que liberdade!

Jaak Bosmans 16 -12-08