Nossos mortos
Não o estão.
Vivem em nós,
Nas nossas lembranças.

Nos sorriem
Aos lembrarmos
Dos seus rostos,
Nos fazendo sorrir,
Sentir saudades,
Chorar,
Res-sentir,
Perdoar...

Nos acompanham.
Cabe a nós os governar,
Dar a última palavra
Nesse diálogo estranho,
Negandos os maus destinos
Dos maus deuses,
Conferindo o último
Olhar de sentido.



---Gabriel da Fonseca.

---Às Amigas; À eSTrELA; 14/01/08; 1258. Série Methaphysika