Sinfonia em Chamas

Sento-me em frente ao papel

Conduzo minha fúria por meio

De impulso nervoso, ditando

O curso da caneta, sob seu ritmo

Abençoando a tinta e fazendo-a

Ferver e esfumaçar

Conduzo a sinfonia tal qual

Poseidon e zeus conduzem

Tempestades e tormentas no março

Uma arte por vezes pode ser vista

Como agressiva, colossal e selvagem

Mas executá-la como sendo menos que isso tudo

Não faria jus ao seu verdadeiro propósito

Minha sinfonia raivosa chega

Aos seus ouvintes, trazendo-lhes

Calor em seus corações

E luz em seus olhos

As notas queimam e originam brasas

Gritando seus sons selváticos

Antes de apagarem e desaparecerem

Dando lugar às mudas cinzas

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 18/03/2024
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