Amor insólito

Sobrevoavam a cidade no fim de tarde

Como morcegos sem serem morcegos

Assombravam de intranquilidade o sono

Do rapaz que queria dormir

Que morderam a vaca no pasto

Que não poderiam seguir para o estrangeiro

Como seu amigo

Pássaros que eram, não poderiam entrar

Numa viagem de navio

Logo ficavam enjoados com a deriva

Sapos que eram, sob a chuva grossa no convés

(Me olhe bem nos olhos, solte a minha mão)

Piratas praticantes da pirataria

Policiais dos maus costumes

E do descumprimento das leis

A deslizar. . . pelo lago congelado

Até os meus pés e o nosso olhar de encontro

Finalmente a terra firme (sob a neve)

Do bosque atrás do bairro (em que te beijo)

De volta à cidade das casas e das chaminés no inverno

Deslizaste até aqui em sonho

Com teus pés em fogo?

A tua fúria e a tua natureza sob a qual deitaste

E sob a qual respiraste?

(Estou terrivelmente apaixonado)

És uma nuvem de gafanhotos

És uma ave marinha gigantesca e pré-histórica

Que chegou aqui pingando

Eli Jardel Alexandre
Enviado por Eli Jardel Alexandre em 27/01/2024
Código do texto: T7985567
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