Luzes Dançantes

Lanço minha visão para tetos escurecidos

Testemunho constelações soníferas e dormentes

Elas secretam sobre mim suas luzes

Tomam minhas retinas como pistas de pouso

Fecho as pálpebras e não as deixo sair

Elas correm e rodopiam dentro dos globos oculares

Feito cavalos soltos ao pasto

Vejo, mesmo não podendo ver

Elas me aquecem e iluminam

O escuro interior do meu crânio

Levo elas para quaisquer lugares

Quando sinto medo, incerteza ou estranheza

Basta apenas fechar os olhos

E encontrar elas de novo

Minha imaginação vira pista de dança

Para seus lentos, porém suaves

E deliciosos passos

Viro espectador

Elas se tornam tecelãs

Do tecido do meu divertimento

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 24/05/2023
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