KIRIMURÊ(Grande Mar Interior)

Carrego um mar

Tupinambá nesse meu lar

Desnudo vivo a navegar

Averso do corpo, alma

Vento, um divino soprar

Cada sentimento uma ilha

Visões de espiritual olhar

Sigo curumim neste lugar

Giro numa dança circular

Melódico chuá de maracás

Mergulho nos meus recantos

Por vezes me encontro por lá

Colonizar-me vivo a tentar

Consumo minha carne tal sardinha

Canibalizo a poética e a poesia

À Ribeira seguem Santos e Orixás!