Sonho dos indecisos

se eu conseguisse ver

o que de mim serei um dia

que tua voz fosse magia

que me guiasse às leis eternas

que matasse em mim o sofrimento da noite eterna

sonho mares na alvorada, e ventos elísios

no voo bailado das velas erguidas

e toda a ave chora

o ninho que, uma vez, abandonou...

porquê? se às leis eternas obedece...

porque é triste uma fonte que secou?

e o sol quando anoitece?

neste sonho dos indecisos

rasgam-se as vestes da ilusão

a morte já não assiste as palavras

e a dor é uma mera ilusão do sofrimento

a vida prosseguirá, porque assim é

porque assim será,

o filho que diante da mãe se despede

por um sonho nunca idealizado…

Alberto Cuddel

09/02/2020

08:45

In: Nova poesia de um poeta velho

Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 10/02/2020
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