No fundo da lagoa


Sobre pedra tocada pelo vento,
Quase submersa em água cristalina,
Caricia sobre a lagoa num momento.
Distante, abafado grito de menina...

No fundo,a boneca,silente, adormece...
Efêmero pio d’agonizante cotovia,
Que alegre escutava,contudo,não via!
Secreto pranto d’amor de quem padece.

Que abriram olhos,gracioso sorriso!
Alma de boneca renascera em vida...
Carecia rever ,pois,“a criança perdida”
Ao fundo da lagoa,deveras, era preciso!

Hoje,já não ouço o canto da noturna ave,
Longe das montanhas,a lagoa distancia,
Ouvir entristecido canto não,mais, queria,
D’alegre menina e da boneca ninguém sabe...