As ilhas do meu Ser



Um dia,um menino avistando ,bem longe um grupo de pequenas ilhas indagou ,curioso,à um velho cujo olhar se perdia na direção daquele arquipélago distante.
“O senhor sabe algo sobre aquelas ilhas longínquas?”
O ancião pediu ao menino que cerrasse os olhinhos,pois,fariam uma viagem num tosco barquinho à vela...
O jovem,prontamente,atendeu e após longo suspiro,a pequena nau iniciou seu velejar.



A ilha da Infância




Deus, não estava,deveras, enganado!
Era,apenas,aquela saudade que sorria...
Materno vulto num passado enevoado,
Fitava negros olhos,embalde,não me via.

“Tragam-me de volta aquela pétala caída!”
Aroma de madressilva no leito de criança.
Da terna madre a derradeira lembrança.
Providencial caricia do inicio de uma vida...



A Ilha das Paixões

Infame procela açoitava-me,agora!
Em insanos delírios o pior dos loucos,
Agitava-me qual fera ferida nesta hora!
Até que a crise aplacou pouco a pouco...

Aprisionado fora naquela ilha maldita!
Minh’alma gemia ,tudo era,pois,em vão.
No peito,qual pobre cativa ave que palpita,
Cruel aperto a quase parar meu coração!



para bem longe foi o barquinho levado...



A Ilha da Paz

Graciosas aves, d’agapanto mimosas flores,
Do que foi meu paraíso perdido a memória,
Passaram vendavais de todas as minhas dores,
No mar amarelada folha de minha historia...

Tudo,enfim,,harmonioso ocaso tão belo,diz,
“As ilusões fugiram de mim na Ilha da paz
A saudade sorrindo,doce lembrança me traz
E eu chorando pensei:”Deveras,eu fui feliz!”



O pequeno veleiro voltou deixando o velho e o menino no cais...