Colatina: palco de grandes amores

Três grandes amores.

Que bem que poderiam ser chamadas

de Dolores, Joselina das Flores ou Maria das Dores,

mas chamá-la-emos de simplesmente amores.

Nomes, numa investigação, podem atrapalha-las

ou mesmo não havendo investigação alguma,

podem causar uma tremenda confusão.

Três amores e pronto.

Há pessoas que adoram recordar o passado,

enquanto outras preferem esquece-lo,

há quem não quererá nem vê-lo

ou até, quem sabe, talvez, revê-lo, amor.

Uma incógnita,

mas não vale a pena arriscar.

Colatina é uma cidade grande,

contudo, cabe inteirinha nas minhas lembranças

e no meu coração.

Situada as margens do Rio Doce,

adoçou muito as minhas recordações,

com cidade de um lado,

cidade do outro,

hoje dá pena pelo que ele sofreu

com a maldita lama de Mariana.

Três grandes amores em épocas distintas,

três meninas distintas também,

cada uma com as suas particularidades

e peculiaridades também.

Me recordo bem de cada uma

e dos seus predicativos,

tanto que, enquanto eu for vivo,

permanecerá ativo esse sentimento,

num misto de saudade, agradecimento e lealdade,

pois assim quis o destino, que aquele menino,

conhecesse e nadasse noutros rios,

mas nenhum jamais teve o seu doce.

E verdade seja dita:

como é bonita a saudade

e como é bom ter de que e de quem recordar.

Não é mesmo,

Dolores, Joselina das Flores, Maria das Dores?

Para que nomes

ou como diria o saudoso Cazuza,

codinome beija-flor.

Mas, corra que lá vem a chuva, meu amor.