CORAÇÃO À DERIVA
Pendurada
num fio de lua
como num trapézio,
lá do alto a sereia espia
o navegante solitário
no mar escuro,
dentro da noite,
no sobe e desce das ondas.
Para ele acende uma estrela.
Um anjo passa e de presente
lhe traz um par de asas.
Dentro dos olhos do navegante
a íris se transforma em fio de lua.
Seu coração vira estrela
enquanto o barco sussurra
e sobre as águas desliza,
rumo ao amanhecer.
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Poema escrito por: ROSEANA MURRAY