A poetisa das Dores

Pedaços

do amor jogado fora

as peças que se perderam

do quebra-cabeça

que dava todas as formas

elas são derretidas.

A neve branca

a luz azul e as árvores

o papel de carta e o poema

que ela escreveu pra ele

foi em vão

está caída ao chão agora.

Tomou a mais sábia iniciativa

de sair da vida e da dor

sem entregar poemas

sem rebaixar-se a esse romantismo

que oprime.

Tinta pelo chão

denuncia que havia um ser poético

escritor de versos de dor

perdido em pensamentos

e tolo de amar.

Era ela, a poetisa

a mulher caída

perdida

sozinha

apaixonada

sem vida

sem ele

sozinha

ela está.

A poetisa das dores.

Diana Inácio
Enviado por Diana Inácio em 20/01/2018
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