A MIRAGEM

A MIRAGEM

Atravessava um deserto seco e frio,

Só as dunas a se estender pela distância.

Sentia sede e não via nenhum rio,

A incerteza a causar-me certa ânsia.

Muito longe vi uns monges que caminhavam,

Seus alforjes vinham suspensos sobre os ombros.

Um velho dromedário eles arrastavam,

Esfarrapados, como a sair de escombros.

Já exausta avistei pássaros voando,

Senti a brisa agitar os meus cabelos.

Forte esperança no meu peito redobrando,

Finalmente um oásis com alguns camelos.

Mas, quando pensei em armar uma barraca,

Talvez achar pousada para descansar...

Ouvi a "gritaria" da ave matraca;

Pois, a miragem me fugiu, ao acordar!...

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 06/02/2017
Código do texto: T5903878
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