Poema quase mágico

Gotas suadas de uma fina chuva

Escorrem desenhos pela vidraça.

Lá fora, o ar úmido e já frio

Obriga a mente e correr paisagens outras.

O passado agora ri,

como uma piada contada antes do espetáculo caro.

E agora?

As mãos indecisas, seguram ainda o ingresso à porta

E as pernas titubeiam sabendo o final.

Vale a pena, então, entrar?

Para mais uma peça conhecida?

E lembro-me de Fellini

Cujo repertório merece sempre bis.

E uma vozinha tênue brada a consciência:

Vale sim. É preciso acreditar e sonhar.

Tal adolescente à frente da telona.

Onde a personagem também insegura afirma:

Eu SOU FADA...Fadona!

E eu ainda criança adormeço, pensando:

Ainda bem que ainda há fadas neste imenso Bolo

de Terra tão confuso...

- Mesmo que seja uma fada blogueira e atrapalhada.

- Ah, Boa Noite e sonhem com os anjos, também!

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 22/10/2016
Reeditado em 24/10/2016
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