Monologo para crianças

Vivo num mundo avarento, violento e cruel

Sou um dos viventes solitários sem crença

Não tenho clemência

Apresento-lhes um orbe de bárbaros

_Que arrancam filhos do ventre das mães

Trago-lhes um planeta de loucos

_Que presenteiam as crianças com bombas e destroem seus lares

Sou um dos entes indecentes

_Que comercializam crianças nas redes sociais

Estou Incluso entre os inescrupulosos

_Que criam crianças para desmanches, revendem fígados, rins, corações, olhos... São entregues como peças de automóveis na distribuição

Encerro dentro de mim um animal sem remissão

_Que expulsa de suas casas as crianças indefesas, famintas, carentes, e, as faço navegar em alto mar e sentirem a morte chegar

Comigo coexiste uma criatura mesquinha

_Que seqüestra, apavora em tenra idade buscando a satisfação egoísta do eu e financeira, anseio rápido do dinheiro

Sou um Indivíduo nojento

_Exploro, violento e mato menores sem pudor

Caso com crianças

_Roubo-lhes a infância e destruo suas adolescências e existências

Sou um daqueles padrastos

_Que marginaliza os filhos da companheira e os humilho

Sou daqueles indivíduos

_Que distingue raça e cor nas crianças, por que não, bem como considero as que estão bem vestidas e as coloco em primeiro lugar na fila

Como isso é um teatro vou finalizar o espetáculo, por que tudo termina e tem um fim

-Vivo num mundo de luxuria, vaidade, onde ter é interessante para o status quo ,

Ou seja, o estado de antes, antes da guerra; alias um grande duelo que travo com meu eu interno e exterior, a persistir neste cenário inóspito para as crianças nem terei mais show

Crianças do meu tempo

_Infelizmente, querendo ou não este planeta avarento, violento e cruel é o que passo sem graça e peço perdão.

Luiz Carlos Zanardo
Enviado por Luiz Carlos Zanardo em 08/10/2016
Reeditado em 12/10/2016
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