ANTAGONISMO...

Ressuscita teu amor que destruís-te

com teu canto de melodioso sonido

erga assim teu castelo por ti corroído

devastado em noite fria da tua morte...

Caiu do firmamento o luminares sagrados

de luz refratada de cor análoga tão errante

nublando teus olhos na expressão agonizante

onde sangue com lágrimas vertiam misturados...

Dor masoquista que em prazer, submeteu-se

no flagelo arcano do teu presságio impoluto

degustou do vinho profano brindando todo luto

no exílio da contradição, a poesia sucumbiu-se...

Cais-te ao mundo inferior na injúria e pirraça

deliciante prazer que sorveu teu corpo do pecado

onde ás armadilhas do destino foram-te delongado

do regalo que buscara, percebeu tristeza e desgraça...

Agora sobeja toda angústia na dor febricitante

permeada dos fracassos angariados do passado

e sua culpa potencializa em remorso é dobrado

sôfrega perdeu a paz na ironia vil, equidistante...

Se ainda tu abrigas teu doce canto, brade

na certeza da clemência e remissão, reviva

resplandeça teu castelo de forma alusiva

recite teu ode e suba ao Céu da liberdade...