Pirilampo estrela



Era,pois,a mais negra noite,ainda lembro,
No peito,uma agonia,que não dava conta...
Carecia descer,pois,não havia mais tempo,
E a legião de anjos e querubins estava tonta!

“Ouçam renegados astros que privam a luz!
Ainda que a agonia me conduza ao desespero,
Deste amor ,minh’alma, fará mavioso celeiro!
Ah!Que o ventre daquela mãe,à vida, faz juz!”

Que,então,sem saber de onde surgira,sozinho...
Gentil pirilampo a brilhar,como estrela,fosse,
O pobre lançando facho sobre longo caminho,
Chorei,sim ao ver que a vida nascia tão doce...

Materno seio abriga,sob um alvíssimo manto,
O amor,enfim,adormeceu,lentas horas santas...
No canto,esquecido,jazia,o pobre pirilampo.
Descido anjo,exultante,uma berceuse canta !