À luz de vela...




Quando,pois, adormecia à luz de vela,
Num tempo do vazio e do desencanto,
Onde esta nevoa que oculta,mas revela,
Aquilo,que em minha vida,desejava tanto!

A fina chama desviada ao sabor do vento,
Súbito,alumiando,fraco,aquela face amiga,
Auscultaria,enfim,sussurro de velha cantiga,
E do vazio as horas parariam neste momento...

Surgira das flores a colheita ,muito embora,
Contudo,à luz de vela,profundamente,adormecia...
E neste sono privava-me da formosura da vida,
Ah!Que,em comovido pranto,minha alma chora!

A suave brisa tornou-se da procela a ventania!
Num açoite,enfim,apagou da vela fina chama,
Sucedeu,na treva noturna,aquela atroz agonia,
Triste ,infindo sofrer de quem,deveras,assim,ama!

Clarão da lua qual inesperado,bendito visitante,
Afugentou tosca negritude,revelando amiga face,
Ante meus olhos,ela chorava e sorria neste instante!
Ouvindo estrelas e flores,acontecia,pois,o desenlace...




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