Tempestade Noturna
Eis que passando e
de repente apercebo...
Pelas horas vadias
da incessante busca,
qual maldita hora
teu lumiar chamusca
num raio de relance
imediatamente arquejo,
a passos trêmulos que
não mais os percebo e,
oscilantes, tropeçam
nas quinas que há um
palmo não vejo (e,)
disfarçando-os num
torpe e disfarçado
caminhar de bêbado,
incito-a:
- Ó musa, um só instante,
é o que desejo.
Pois aqui dentro
– “tempestade” – jaz feito,
sem sabeis que por ti
mil raios despejo.