Frente a Noite
Tenebrosa extensão noturna
Aonde os anjos aparecem
Com formosura esplendorosa
Com um estupor de rosa desabrochando
Ali o tempo se eleva.
Como se tratasse de surpreender os enigmas
Ardendo em seu próprio fogo.
Incerta é a noite
Passando através de nossas zonas visionárias
Tão lívida que semelha uma cabeleira de liquens
Então as fantasias que nos rodeiam
Constroem mitos profundos
De preságios como constelações
Porque a noite está plena de quimeras
Porque a noite é uma fábula
Quando a poesia nos induz
A perguntar ao desconhecido
Aonde irá o amor, e sua luz sobresaltada.
2007/05/03