Qualquer semelhança

Retorno ao caos retido pelo branco,

No deixar-me a sós no fim da escada,

Ardendo o calor de ter que esperar.

Dissolvo o medo de tantos feitiços,

No vestir-me de eternas lembranças,

Quebrando os cristais dos tempos vazios.

Afogo o triste espaço reservado,

No sem fim de inconfessáveis desejos,

Despencando do último andar da amargura.

Recolho, então, pedaços de brilhos,

No aveludado encontro com a felicidade,

Sorrindo o revelar dos meus novos infinitos.

Jaak Bosmans
Enviado por Jaak Bosmans em 18/03/2014
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