Poesia das lendas

As noites mata adentro.

Iluminadas perdem o sono.

] E danam a tagarelar

com os ramos de cipó,

algum esquilo curioso.

Até com lobo faminto.

- Veja só!

Sobre a fauna d'outrora.

Sobre o salto da jibóia,

que engoliu o mágico,

com todas as suas espadas de fogo.

E só regorgitou, cartas marcadas

de novo.

E nas noites encantadas, pelos pajés.

Elas noites, como testemunhas.

Juravam ver as plantas nuas.

com as almas brancas de vergonha.

Falavam dos curumins desmiolados,

que as desrespeitavam, banhando-se

em profundos lagos, altas madrugadas.

Para ver nas águas refletidas.

As faces das noites mulher.

Mas, Noite Esperta não se revela.

Só encanta, para que o matuto

mateiro desvende o mistério

mata adentro.

E se perca nos descaminhos da natureza.

E as noites festeiras o tenham

para sempre.

É que a noite, é serena

Mas, ela tem um medo verdadeiro,

de não ter ouvidos para

suas histórias,

Sobre fadas encantadas

E caiporas.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 06/02/2014
Reeditado em 13/09/2015
Código do texto: T4681190
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