Sobras em poesia
Eu fiquei a beira da janela,
ouvindo os zíperes da mala,
ele deixou a comida quente na panela,
saiu quieto e sem fala.
Isso doeu-me por um tempo,
eu o amava embora me calasse,
até que o desencanto trazido pelo vento,
roeu o que restava do nosso enlace.
Não houve mágoa, siso ou ressentimento,
houve amor esquecido num determinado momento,
e eu ainda o trago guardado.
Não em pensamento,
mas em poesia eternizado!
05/09/2013 - Goiânia