*Ego*

Sou como o sol

potente, quente

e reluzente.

Como as matas,

frias, sombrias

e tardias.

De olhos brilhantes,

ardentes, constantes

e mortos.

Gélido da alegria abstrata.

Do clarão, da emoção,

dos destinos insólitos.

Sou como sou

amante de minhas palavras,

alucinado de minhas verdades,

louco de meus medos.

Poeta menino,

que vem dos lares

de outrora,

desvendar seu ego.

Cego por ego, ou

ego por cego.

Brilhante instante

do agora.

Admito:

Mas pareço- desta minha sina.

Tão minha (só minha!).

Que meu ego

tão grande e cego

ora de tão tua

saber se sou sol

ou sou lua.

Ora cristã ou pagã.

Sou a lua... nua!

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Publicado no Livro:

2011- Coletânea: A Voz dos Ventos

Fábio Aiolfi
Enviado por Fábio Aiolfi em 22/05/2011
Reeditado em 14/12/2012
Código do texto: T2986466
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