*Ego*
Sou como o sol
potente, quente
e reluzente.
Como as matas,
frias, sombrias
e tardias.
De olhos brilhantes,
ardentes, constantes
e mortos.
Gélido da alegria abstrata.
Do clarão, da emoção,
dos destinos insólitos.
Sou como sou
amante de minhas palavras,
alucinado de minhas verdades,
louco de meus medos.
Poeta menino,
que vem dos lares
de outrora,
desvendar seu ego.
Cego por ego, ou
ego por cego.
Brilhante instante
do agora.
Admito:
Mas pareço- desta minha sina.
Tão minha (só minha!).
Que meu ego
tão grande e cego
ora de tão tua
saber se sou sol
ou sou lua.
Ora cristã ou pagã.
Sou a lua... nua!
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Publicado no Livro:
2011- Coletânea: A Voz dos Ventos