Deslindável obra

creio que, no despontar da pura existência
Haja a morada imersa de um destino sombrio
Como o embrião no ventre da criatura
Tal qual o prelúdio da canção inacabada
Assim como a noite que a lua escondeu
Pra dar espaço ao cintilar das estrelas
E na saciedade ingênua do amado filho sedento
Escondida estão as lágrimas maternas
Sucumbindo a dor da exaustão
Cá estou, oh! mundo!
A acalentar a esperança nutrida na alma
Desejando o pão, o vinho e o milagre desse encontro fatal
Desde o princípio do existir consciente
Mas, se eu pudesse prolongar este despertar
Quem sabe o transir desse feito sobreviesse menos dolorido?
Que da preparação à expansão o fluir poder ser menos triste
Mais leve, até, mais nobre...
Pro romper do broto se alastrar indolor
Quisera morrer ante todas as existências
Pra existir após as mortes, já, consumadas
Assim, creio ter o final dessa vida inacabada
rigveda
Enviado por rigveda em 13/01/2011
Reeditado em 14/01/2011
Código do texto: T2727016
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.