Lamentações de uma Caneta
Saudade de quando os poetas
Ansiavam minha companhia
Fui testemunha em cadernetas
Do sentimento de suas poesias
Saudade de quando eu via
Recados da alma secreta
Escritas a sorrir de alegria
Deixando outra alma quieta
Mas, já não sou a arquiteta
Que abrigava a moradia
Das letras em linha reta
Emocionando quem as lia...
Hoje, impera a tecnologia
Envelheci... tenho filha e neta
Teclado e impressora em epidemia
Facilitam a mão analfabeta...
Crédito do tema: Daniel Antonio da Silva