REAL E FANTASIA II

Falcão... ave de rapina???

Não sei ao certo, mas acho que é só defesa.

na verdade é um menino, que põe o medo como desculpas,

para não me machucar.

 

Me disse coisas... provou outras...

Confusa me vou sem enxergar.

Não tenho escolha, só me levanto e sigo

caminhos por mim conhecidos, já sei onde vai dar..

 

Meu coração é errante, doente e insano,

orgão independente do meu corpo, ávido para amar,

Não pulsa por qualquer coisa, mas sabe em que terreno pode entrar.

Já se enganou muitas vezes, mas desta vez tem certeza,

Neste mar não têm porto seguro para atracar.

 

Oceano revolto é o meu peito,

Muitas tempestades têm que enfrentar.

Uma hora ganha, outra perde,

Mas segue em frente a navegar.

 

Novas praias vem surgindo,

E sigo em direção a muitos caes.

Um dia aporto outro só ancoro,

Em muitas camas me deito,

Nenhuma delas é pra ficar.

 

Mar a dentro, céu aberto,

falcão e Fênix ficam pra traz.

Não se vê mais sinal de batalha

Porque fênix queimou em chamas,

E das cinzas não voltará.

 

Esta história acaba aqui,

Uma lenda outra fantasia

Falcão e fenix não existirá.

lamento, mas vou contente

Porque meu coração não sofrerá.

 

Fenix trocou os céus por mares bravios

Com a certeza que terra firme avistará

Falcão fica, com seu céu imenso

No vazio do anil, voo alto alçara.

 

Muitas vezes servirão de referencia

Para passageiros peregrinos,

Navegantes solitários,

perdidos entre os pontos cardeias

miram  o horizonte, buscam no infinito

O ponto onde unem-se os dois mundos,

Na verdade céu e mar nunca estão juntos,

Mas quando o foco já vai longe, em miragem alucinante,

Pode- se ver nitidamente os dois a se beijar.

 

Mas na verdade, foi só miragem.

Talvez uma lenda, depende de quem contar

mas no fundo todos sabem 

agua e ar não se misturam

Falcão e Fênix não eternizará.

 

Fica saudades desta passagem

Não tenho mais o que contar

Do mesmo jeito que você alça voo

Me lanço em alto mar.

 

Quem sabe um dia nos reveremos

Na tabua dos afogados

seremos amigos, indiferentes

Desta história que ousei inventar.

 

Que não releio, e não vou nem modificar

Não sei o que sai, só são pensamentos,

Sentimentos que vou apagar

 

E pararei por aqui, não quero continuar

Mas vou na certeza, que em algum lugar te marcará

O que nunca te deram e vc despreza,

Só porque não tem a coragem de amar.

 

Mas é tarde... a noite se fez,

 já não se vê trovoes no céu...só o luar

O mar esta calmo e sereno,

e a terra já esta muito alem de seu olhar

 

Céu e mar.. falcão e Fênix se perderam

Para nunca mais se encontrar.

E aqui acaba nossa história

Não tenho mais o que comentar

 

Só me resta a despedida

e eu não consigo achar um final.

Por isso vou me calar.

Te deixo o encerrar desta história

Que cabe a você contar.

 

Bia Triches
Enviado por Bia Triches em 15/07/2010
Reeditado em 27/04/2017
Código do texto: T2379431
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