SENHOR DA ESCURIDÃO
Em fria tumba se recolhe,
Estranha melodia funesta,
Esconde-se da aurora,
Que rompe com luz de festa.
A natureza toda sorrindo.
Enquanto repousa lá certa figura,
Divaga a sua mente no mundo dos lamentos,
Onde pairam as almas aflitas em sepulturas.
Aguarda a noite para despertar,
Ao som funesto no cemitério,
Tristes lamentos, sons irreais,
Começa o terror e tanto mistério.
O caixão se abre, surge a figura,
Abre suas asas e mostra os dentes,
Sai à procura de sangue, sedento,
Procura uma vítima naquele momento.
Imortal senhor das trevas,
Ecoa lento na noite o funesto som,
Terror se espalha, catacumba se abre,
Salta outra figura e segue o seu senhor.
Mistérios e terror acompanham a noite,
Macabra e feia a morada tumba,
Fria os aguardam ao início do crepúsculo,
Inimigos da luz, fogem, mergulham no escuro.