Medo

Escuto os passos do medo.

Ele avança,para que

seja sentido nas

sombras da noite...

Esteve o tempo todo

rondando em lugar escuro

açoitado pelo vento como

um fantasma preso em uma cela

sombria da memória...

Faz do meu corpo um aquário

onde sua sombra navega

esquiva,vagando,

pelas veredas primitivas

da alma flutuando,

apertando o laço que

envolve a vida...

Neste momento,

a saudade na noite da

existência cambaleia

sonâmbula nas mãos

da memória...

Abro o livro do desencontro

não viro a primeira página;

Temo que o medo vergue

atirado por sombra sinistra

A espera foi longa

deixou um sabor amargo,

uma falta instalada

que desliza triste...em

Quase nada.....

Marcia Portella__20/01/10