Doze dunas.

Eram 12 dunas.

Ela havia contado.

Sempre que passava contava.

E depois recontava. E recontava...

12 dunas.

Eram tão grandes.

Nunca se dera conta de que aquilo estivera ali.

A existência antes da essência.

O mito que vira fato.

O perito obscuro.

Razões cognitivas. Cognoscitivas.

Nocivas...

Por que só agora?

12 dunas.

Por que só agora realidade?

Escadas tortuosas que sobem,

Levando para qualquer lugar no fundo do mar.

Na escuridão imersa do mais profundo e negro oceano.

Solidão.

Apressar os passos.

Olhar o relógio de pulso. Aflição.

Não há mais tempo, tudo está feito agora.

Tudo está terminado.

O que foi não voltará.

O mundo parou de girar.

Apesar de ainda estar respirando no escuro.

Seu tempo acabou, enfim.

Nosso tempo acabou.

O futuro e o passado deixam de existir agora.

A felicidade é temporal.

Se o agora no agora for real.

Todo o mais é não real. Irreal.

Surreal...

Dor, lamento e mar.

Porém registros de felicidade.

Ainda que em preto e branco.

Sorrir antes do fim.

12 dunas.